CAIXINHA DE PROMESSAS

terça-feira, 6 de setembro de 2011

DUAS FORMAS DE REGAR

Duas formas de regar "A terra para qual entrais para tomá-la não é como a terra do Egito donde havias saído, onde semeavas a tua semente, e regavas com o teu pé, como horta de hortaliça.

A terra para a qual passais para tomá-la é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu" (Deut. 11:10-11). 

Nestes versículos Deus compara a terra do Egito com a de Canaã em um aspecto muito significativo: a provisão de água para a terra semeada.

Os judeus no Egito tinham que lavrar a terra conforme o regime de canais de irrigação procedentes do rio Nilo.

Em Canaã, eles deveriam aprender o regime das chuvas. A água tinha duas fontes muito diferentes: o Nilo, e o céu.

Os lavradores deviam, no primeiro caso, utilizar o seu pé; no segundo, nada... apenas esperar em Deus.

No Egito tinham que olhar para o chão; em Canaã tinham que olhar para o céu. Espiritualmente, estas duas formas de rega nos falam muito claramente a respeito de duas formas de sustento.

A primeira, é a forma usual do mundo, que baseia-se na habilidade humano, no trabalho do homem. A segunda é a forma que Deus tem provido o seu povo, e é uma tácita declaração de dependência dele, dos seus recursos. 

O primeiro é, do ponto de vista humano, mais fácil e seguro, porque depende absolutamente de nós. O segundo, faz-nos depender de Deus, de sua misericórdia a cada dia.

No Egito, Israel podia obter com certa segurança o pão, porque dependia deles, sem que sua condição espiritual fosse afetada. Em Canaã, Israel devia manter-se no plano da obediência a Deus.

Se houvesse desobediência, as chuvas podiam escassear. Em muitas ocasiões, Deus castigou o povo através da seca.

O profeta Amós, nos dias de Uzías e Jeroboão, falava assim da parte de Deus: "Detive-lhes a chuva três meses antes da ceifa; e fiz chover sobre uma cidade, e sobre outra cidade não fiz chover; sobre uma parte choveu, e a parte sobre a qual não choveu, secou-se. E vinham duas ou três cidades a outra cidade para beber água, e não se saciavam; contudo, não voltaram para mim" (Amós 4:7-8). 

Por meio de Ageu, Deus foi ainda mais claro: "Buscais muito, e achais pouco; e guardam em casa, e eu o dissiparei com um sopro. Por que? diz o Senhor dos Exércitos. Porquanto minha casa está deserta, e cada um de vós corre para a sua própria casa. Por isso se deteve dos céus sobre vós a chuva, e a terra deteve os seus frutos. E chamei a seca sobre a terra, e sobre os montes, sobre o trigo, sobre o vinho, sobre o azeite, sobre tudo o que a terra produz, sobre os homens e sobre os animais, e sobre todo trabalho das mãos" (Ageu 1:9-11). 

O regime das chuvas oferecia a Deus a possibilidade de manter as rédeas curtas com o seu povo. Eles não podiam descuidar do seu estado espiritual, porque isso redundaria em seu estado material.

Qual é nossa própria condição? Estamos no Egito ou em Canaã? Qual é a fonte de nossa água?

Estar no Egito é mais fácil para a carne, mas é indizívelmente torturante para o espírito. Estar em Canaã é beber das águas do céu, na abundância e na frescura da vida imarcescível.

Extraído do Blog "Bem Íntimo"

http://olgamed.multiply.com/journal/item/18