CAIXINHA DE PROMESSAS

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AFINAL, O QUE É GRAÇA - C.Swindoll - Vídeo Musical MILAGRE - André Valadão


“Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo” (Jo 1:17).


Com a lei mosaica vieram as exigências, as regras e os regulamentos.

Em conjunto com aquelas exigências vieram expectativas incômodas, que alimentavam o fogo dos fariseus. Ao adicionar às leis, os fariseus não apenas aumentaram a lista, mas intensificaram a culpa e a vergonha de qualquer pessoa. Obcecados por obrigações, conduta externa e um constante foco apenas sobre o certo e o errado (especialmente na vida dos outros), eles promoveram um sistema por demais exigente, a ponto de não deixar espaço para a alegria.

Isso levou a pronunciamentos duros, de julgamento e até mesmo prejudiciais conforme o sistema religioso que eles promoviam degenerava em simples desempenho exterior em vez de se inclinar na direção da autenticidade interior. A obediência tornou-se uma questão de compulsão amarga, em vez de um alegre transbordar promovido pelo amor.

Mas, quando “a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo”, uma revolução do coração, há muito esperada, começou a libertar os cativos religiosos. O fardo do medo motivado pela culpa foi substituído por nova motivação de seguir a Jesus em verdade, surgida simplesmente por profunda devoção e prazer. Em vez de concentrar-se nas obras da carne, Jesus falou do coração.

Em vez de exigir que o pecador cumprisse uma longa lista de exigências, ele enfatizou a fé, que precisava ser apenas do tamanho de um grão de mostarda.

A mudança significava liberdade, como o próprio Senhor ensinou: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (Jo 8:32). A religião rígida e estéril seria finalmente substituída por um relacionamento orientado pela graça — a graça libertadora. Seus seguidores adoraram isso.

Os inimigos odiaram... e odiaram quem propôs a idéia. Sem dúvida, os primeiros assassinos da graça foram os fariseus.

Entender o que significa graça exige que voltemos a um velho termo hebraico que significava “curvar, dobrar-se”. Com o tempo, passou a incorporar a idéia de “favor condescendente”.

O falecido pastor e estudioso da Bíblia Donald Barnhouse talvez tenha expressado melhor a idéia: “O amor que vai para cima é adoração; o amor que vai para fora é afeição; o amor que se curva é graça”.

Mostrar graça é estender favor ou bondade a alguém que não a merece e que nunca poderá fazer nada para ganhá-la. Receber a aceitação de Deus pela graça sempre se coloca em fortíssimo contraste com a tentativa de obtê-la com base nas obras. Todas as vezes que surge o pensamento sobre a graça existe a idéia de ela ser imerecida.

De modo algum o recipiente está recebendo aquilo que merece. O favor é estendido simplesmente em razão da bondade presente no coração do doador.

Há outra coisa que deve ser enfatizada em relação à graça: ela é absoluta e totalmente gratuita. Nunca será exigido que você pague por ela. Você nem mesmo poderia fazê-lo se tentasse. A maioria de nós tem problemas com essa idéia, porque trabalhamos por tudo aquilo que conseguimos. Como diz o velho ditado: “não existe almoço grátis”.

Mas, nesse caso, a graça vem até nós livre e desimpedida, sem qualquer precondição. Não deveríamos sequer tentar pagar algo por ela; fazer isso é um insulto.

Não seria esquisito, porém, perceber como este mundo está cheio de pessoas que acham que precisam fazer alguma coisa como pagamento para Deus? De alguma maneira, elas estão esperando que Deus lhes dê um sorriso se elas realmente trabalharem com esforço e conquistarem a aceitação divina, mas essa é uma aceitação com base nas obras. Não é assim que funciona com a graça.

Agora que Cristo veio e morreu e, por meio disso, satisfez as exigências do Pai em relação ao pecado, tudo o que precisamos fazer é clamar por sua graça, aceitando o dom gratuito da vida eterna. Ponto final. Deus sorri para nós por causa da morte e da ressurreição de seu Filho. Isso é graça, meu amigo, graça maravilhosa. Isso é suficiente para dar a qualquer pessoa uma face “sim”!

Pense em vários exemplos comigo. Ele se colocou junto de uma mulher pega em adultério. A lei dizia claramente: “Apedrejar tais mulheres”. Os assassinos da graça que prepararam a emboscada para pegá-la exigiam o mesmo. Contudo, Cristo disse àqueles fariseus cheios de justiça própria: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” (Jo 8:7).

Quanta graça! Debaixo da lei, eles tinham todo o direito legal de sepultá-la debaixo das pedras que tinham nas mãos... e estavam prontos para fazê-lo. Lá estavam eles, com o fogo da justiça própria em seus olhos, mas Jesus interveio com graça.

Meu apelo é que não a limitemos a Jesus. Nós também podemos aprender a ser tão graciosos quanto ele. Uma vez que podemos, devemos sê-lo... não apenas com nossas palavras e em grandes atos de compaixão e compreensão, mas também nas pequenas coisas.

Assim acontece com nosso Senhor. Quando fazemos coisas que não deveríamos, ele pode administrar disciplina, às vezes de maneira bastante severa, mas nunca vira suas costas, ele não manda seus filhos para o inferno! Também não caímos da graça nem somos trancafiados atrás das grades da lei. Ele lida com seus filhos com graça — um favor belo, encantador, imerecido. É realmente maravilhoso!

Sempre haverá alguém — como aqueles que estavam encarando a mulher pega em adultério — que nos pedirá para sermos austeros, rígidos e cruéis. Sim, sempre há uns poucos que preferem apedrejar a perdoar, que votarão a favor do julgamento em vez de pela tolerância.

Mas minha esperança é a de que possamos nos unir ao crescente número daqueles que decidem que a graça como a de Cristo (com todos os seus riscos) é muito mais eficaz, contanto que optemos por ela em todas as situações. Deus honra tal atitude.

(Extratos do livro Despertar da Graça – Charles Swindoll – Ed Mundo Cristão)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ASSASSINOS DA GRAÇA - Charles Swindoll - Video musical - VOCÊ NUNCA ESTARÁ SÓ - Elvis Presley -legendado


Graça: ela é realmente maravilhosa!

A moralização e a legalização do evangelho da graça de Deus é uma tola heresia, difundida junto a pessoas que estão iradas porque não receberam aquilo que não tinham nenhuma boa razão para esperar.
RICHARD J. NEUHAUS

HÁ ASSASSINOS À SOLTA HOJE EM DIA.

O problema é que você não pode dizer isso só de olhar. Eles não usam bótons de identificação, nem carregam sinais advertindo todos em manter distância. Pelo contrário, muitos deles carregam Bíblias e parecem ser pessoas de vida pura, com bela aparência e cumpridoras da lei.

A maioria deles passa muito tempo nas igrejas, alguns em postos de liderança religiosa. Muitos são tão respeitados na comunidade que seus vizinhos jamais imaginariam que vivem ao lado de assassinos.

Eles matam livremente, com espontaneidade e criatividade; matam tanto a alegria quanto a produtividade. Matam com suas palavras, sua caneta e seu olhar. Matam muito mais com sua atitude do que com seu comportamento.

A intolerância deles é tolerada. Seu espírito julgador não é julgado. Suas táticas de intimidação não são controladas. Sua atitude intolerante pode ser tanto justificada quanto rapidamente defendida. O fardo resultante seria um crime, caso não fosse tão sutil e não estivesse revestido de algo com aparência tão espiritualmente sadia.

Hoje — neste exato momento — milhões de indivíduos que deveriam ser livres e produtivos estão vivendo com vergonha, medo e intimidação. A coisa trágica é que eles pensam que é assim que deve ser. Nunca conheceram a verdade que pode libertá-los.

São vítimas, existindo como se vivessem no corredor da morte, em vez de desfrutar da beleza e do ar fresco da vida abundante que Cristo delineou e que permitiu que todos os seus seguidores desfrutassem. Infelizmente, a maioria não faz a menor idéia do que está perdendo.

Se pudéssemos resumir esse pacote todo em uma palavra, ela seria graça. É ela que tem sido agredida de maneira tão contínua e violenta. Aqueles que não se sentem confortáveis em negá-la decidiram debatê-la.

A graça foi concebida para ser recebida e vivida plenamente, não dissecada e analisada por aqueles que preferem discuti-la a desfrutá-la. Chega disso! A graça deve ser despertada e libertada, não negada... desfrutada e livremente concedida, não debatida.

Graça recebida mas não expressa é graça morta.

Gastar o tempo de alguém debatendo de que maneira a graça é recebida ou quanto comprometimento é necessário para a salvação, sem abordar o que significa viver pela graça e sem desfrutar da magnífica liberdade que ela fornece, rapidamente leva a uma discussão contraproducente.

Torna-se um pouco mais do que outra busca trivial e entediante na qual a maioria do povo de Deus passa dias olhando para trás e perguntando “como recebemos isso?” em vez de olhar para a frente e anunciar “a graça é nossa... vamos vivêla!”.

Seja por negá-la seja por debatê-la, nós a estaremos matando.

Meu apelo é que clamemos por ela e deixemos que ela nos liberte. Quando o fizermos, a graça realizará seu propósito original: ser realmente maravilhosa!

Quando isso acontecer, todo nosso semblante mudará.

(Extratos do livro O Despertar da Graça – Charles Swindoll – Ed Mundo Cristão)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O VALOR DA CRUZ - Por Fénelon - Vídeo Musical SEJA O CENTRO


O VALOR DA CRUZ - Fénelon

Pergunta-te por que Deus tem que ser tão duro contigo? Por que não te faz o bem sem te fazer miserável ao mesmo tempo? É obvio que poderia, mas não escolheu fazê-lo assim. Quer que cresça pouco a pouco e não irromper em uma maturidade foto instantânea. Isto é o que Ele decidiu e você só pode adorar Sua sabedoria... inclusive quando não a entender.

Fico perplexo ante o que pode produzir o sofrimento. Você e eu não somos nada sem a cruz. Agonizo e grito quando a cruz está operando em mim, mas quando se termina olho para trás admirado pelo que Deus levou a cabo. Claro que então me envergonho de havê-la agüentado tão torpemente. Aprendi tanto de minhas néscias reações.

Você mesmo deve suportar o doloroso processo da mudança. Aqui há algo mais em jogo que uma maturidade foto instantânea. Deus quer construir uma relação contigo que se apóia na fé e na confiança, não em inflamados milagres.

Deus usa os desenganos, desilusões, e fracassos de sua vida para levar a confiança que tens em ti mesmo e te ajudar a pôr sua confiança Nele. É como ser queimado a fogo lento, mas antes preferirias ser queimado em um resplendor de glória, Verdade? Separar-te-ia este resplendor de ti mesmo? Portanto Deus prepara uma série de acontecimentos para te separar de ti e de outros.

Deus é seu Pai, crê que alguma vez lhe faria mal? Ele só te separa daquelas coisas que amas de forma incorreta. Chora como um bebê quando Deus tira algo ou se leva a alguém de sua vida, mas choraria muito mais se visse o eterno prejuízo que lhe causam seus maus apegos.

Não olha com os olhos da eternidade. Deus sabe tudo. Nada acontece sem seu consentimento. Te zangas pelas pequenas perdas, mas não vê os lucros eternos! Não faça do sofrimento sua casa. Sua excessiva sensibilidade faz piores suas provas. Te abandones a Deus.

Tudo o que há em ti que já não forme parte do reino estabelecido de Deus necessita da cruz. Quando aceita a cruz em amor, Seu reino começa a viver dentro de ti. Deve levar a cruz e estar satisfeito com o que agrada a Deus. Tens necessidade da cruz. O fiel Doador de toda boa dádiva te oferece a cruz de Sua própria mão. Rogo por que chegue a ver quanta bênção reside em ser corrigido por seu próprio bem.

Meu Deus nos ajude a ver o Jesus como nosso exemplo em todo sofrimento. Cravou-lhe na cruz por nós. Fez-lhe um homem de tristezas para nos ensinar quão útil é a tristeza. Nos dê um coração para voltar às costas a nós mesmos e só confiar em ti.

(Tradução livre – Anelo Espiritual – Fénelon)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A MISÉRIA HUMANA - Thomas Kempis - Video Musical CORPO E FAMILIA



A MISÉRIA HUMANA

"Onde quer que estejas e para qualquer parte que te voltes, miserável serás se não te converteres a Deus.

Por que te perturbas quando não sucede tudo como queres e desejas? Quem que é que tem tudo a seu gosto? Nem eu, nem tu, nem homem algum sobre a terra.

Ninguém há no mundo sem atribulação ou angústia, seja ele rei ou papa.
Quem é então que está melhor? Certamente quem sabe sofrer alguma coisa por amor de Deus.

Muitos tíbios ou fracos dizem: Que vida feliz leva aquele homem! Como é rico e grande! Quão poderoso e de elevada posição!

Considera, porém os bens celestes e verá que as coisas temporais são nada, muito incertas e incômodas, porque nunca vivem sem temores e cuidados os que as possuem. A felicidade do homem não consiste na abundância dos bens temporais, basta-lhe a mediania.

Verdadeira miséria é viver na terra.

Quanto mais espiritual um homem quiser ser, tanto mais amarga se lhe torna a presente vida, porque melhor conhecerá e mais claramente verá as fraquezas da natureza humana corrompida.

Comer, beber, velar, dormir, descansar, trabalhar, e estar sujeito a muitas outras necessidade da natureza, é grande miséria e aflição para o homem fervoroso que, de boa vontade, desejaria estar isento e livre de todo pecado.

Neste mundo, sente-se muito oprimido o homem interior, com as necessidades corporais, por isso o profeta suplica, devotadamente, a Deus que o livre delas dizendo: Livrai-me Senhor, das minhas necessidades.

Ai, porém, daqueles que não conhecem a sua miséria e mais dignos de lástima ainda aqueles que amam esta vida corruptível e miserável!

Alguns há que a ela tanto se apegam (posto que, com o trabalho ou esmola, arranjem apenas o necessário) que, se pudessem aqui viver sempre, não cogitariam do reino de Deus"...
Tomás Kempis - Imitação de Cristo