CAIXINHA DE PROMESSAS

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A DIFERENÇA ENTRE A LEI E O EVANGELHO - O. Chambers - Vídeo SENHOR REMOVE O VÉU

A Diferença Entre a Lei e o Evangelho


"Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos", Tiago 2.10.

A lei moral não toma nota nem leva em consideração, de nenhuma maneira, nossas ditas falhas e fraquezas como seres humanos; ela não leva em conta nossa hereditariedade e fraquezas, mas exige que sejamos integralmente morais como Deus.

A lei moral nunca se alterará, nem para os mais nobres, nem para os mais fracos; ela será eternamente inquestionável e sempre a mesma. A lei moral ordenada por Deus não se faz fraca para os fracos, não encobre os defeitos de quem os tem, mas permanece imutável pelos tempos dos tempos e por toda a eternidade fora.

Se não a reconhecermos assim, é porque não estamos vivos em Deus; assim que nos tornamos vivos, a vida acaba por se tornar uma tragédia. "Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado e eu morri", Rom.7:9.

Quando reconhecemos isso, então o Espírito de Deus nos convence do pecado – de todo pecado. Enquanto isso não acontecer e não entendermos que não há esperança, a cruz de Jesus Cristo é uma farsa para qualquer um de todos nós.

A convicção do pecado faz qualquer homem sentir-se preso pela lei e sem esperança possível, "vendido à escravidão do pecado", Rom.7:14. Eu como um pecador culpado, por mim mesmo nunca poderei reconciliar-me com Deus porque já estou irreconciliável em mim mesmo.

Só existe um meio pelo qual serei justificado diante de Deus: a morte de Jesus Cristo efetuada em mim também. Preciso de me livrar do conceito que me ronda de que poderei um dia reconciliar-me com Deus pela minha obediência sem Cristo vivente em mim mesmo — qual de nós poderia obedecer a Deus com absoluta perfeição assim?

Só reconheceremos o poder desta lei moral quando ela vem precedida por um "se". Deus nunca nos coage. Em certos momen¬tos, dependendo do nosso humor, gostaríamos que Deus nos obri¬gasse a obedecer-lhe em tudo; noutros, porém, gostaríamos que ele nos deixasse em paz.

Mas sempre que a vontade de Deus está em primeiro lugar para nós, não sentiremos em nós a menor sensação de coerção e obrigatoriedade. Quando tomamos a deliberação de lhe obedecer, então ele moverá os céus e terra para a nosso favor com toda a pujança do seu poder.

(Extraído do devocional Tudo Para Ele -  Oswald Chambers - Editora Betânia)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

EULATRIA - Thomaz Germanovicz - Vídeo UMA FONTE ALMEJAVA

EULATRIA

O “EU” no centro da vida é a causa final de toda miséria e tristezas humanas.

A batalha mais terrível que enfrentamos é a luta contra a preocupação e o Interesse do próprio “eu” . A auto-suficiência do homem é o seu pecado maior, pois pecado é independência de Deus.

Alguém disse: o invejoso não tem vizinho, o irascível nao tem a si próprio, mas o egoísta nao tem a Deus.

O egoísta é aquele que consegue enxergar somente a sua justiça; é alguém que está cercado de si mesmo por todos os lados. O coração do Ególatra é tao estreito que nada cabe dentro senão a si mesmo.

Jó tinha um conceito exacerbado de si mesmo. contendia com Deus dizendo: “....sou puro e nao tenho iniquidade...Deus procura pretexto contra mim...”

Como alguém poderá receber a graça que foi revelada em Cristo sem antes reconhecer que é um indigno pecador? “Deus resiste aos soberbos mas dá graça aos humildes..”

Há muitos que estão mergulhados na escuridão do proprio EU. A soberba do homem è tão perversa quanto enganosa. O egoísmo tem várias máscaras.

Tomas Kempis disse: “ muitos, no que fazem buscam secretamente a si mesmos sem o saber”

No caso de Jó ninguém podia questionar a sua justiça perante os homens, porém aos olhos de Deus, ela exalava aroma de peixe podre.

“mas todos nos somos como o imundo e todas as nossas justiças como trapos de imundícia todos nos murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” Isaias 64:6

Depois de muita luta, Jó se rendeu ao Senhor e disse: “Na verdade falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza"

Alguém poderia pensar: “morri em Cristo. Não mais terei problema com meu EGO”. Este pensamento é falso. Eis a verdade: “levando no corpo o morrer de Jesus para que também a Sua vida se manifeste em nosso corpo” “..a si mesmo se negue dia a dia tome a sua Cruz e siga-me”

A operaçao da cruz exerce um poder de ação contínua em nossa vida. Deus quer que reflitamos o caráter de Cristo em nosso viver diário. O Senhor é especialista em ajeitar as circunstâncias para nos levar ao seu intento. As provações mostram de maneira clara o quanto vivemos pelos nossos próprios Interesses e justiça.

Toda expressão de mágoa, rancor, falta de perdão, sensibilidade mórbida, vitimismo...em realidade denunciam abertamente a nossa EGOLATRIA.

Rosaly Apleby afirmava: “O esvaziamento na vida do egoísmo, da vaidade, do orgulho e de todas as ciladas do EU é tao custoso que poucos chegam a ser vasos de bênçãos, jarros de cristal para refletir seu Mestre”

Somente pela Graça podemos Ser livres de nós mesmos.

Temos uma tendência natural de protegermos todos os interesses do EGO. Ficamos sempre em estado oe alerta contra ataques ou insultos. Ao menor sinal de uma agressão nos armamos com todas nossas defesas.

Quando nos sentimos atingidos rapidamente atribuímos o nosso estado de miséria física, emocional ou espiritual aos outros.

M. Lloyde Jones escreveu:Faça uma retrospectiva da sua última semana. Considere em sua mente, recapitule os momentos ou períodos de Infelicidade e tensão, sua irritabilidade e mau gênio, todas as coisas que realmente o perturbaram e fizerem com que perdesse o equilíbrio.

Observe tudo e ficará surpreso ao descobrir como em quase todos os casos tudo se prende a essa questao do EGO, esta sensibilidade ao EU, esta preocupação consigo mesmo. Nao há dúvidas a respeito: O EU é a causa principal da infelicidade."

O autor continua: “ Sempre que estamos infelizes Isso significa que de alguma forma estamos olhando para nós mesmos e pensando a respeito de nossa própria pessoa em lugar de comungar com Deus.

O homem foi feito para viver inteiramente para a glória de DEUS. Para amar o Senhor Deus de todo coraçao, alma, sua mente e força..portanto qualquer desejo de auto-glorificacão, de proteger os próprios interesses é necessariamente um pecado, porque estarei entao olhando para mim mesmo em lugar de olhar para Deus.”

Nao importa o quanto o outro contribuiu para que voce ficasse neste estado de miséria, em última instância você é o culpado.

“Tende em vós mesmos o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Pois Ele quando ultrajado não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se Aquele que julga retamente”

A vida de Cristo nos livra de toda auto-defesa ou sensibilidade excessiva.

Ele morreu e ressuscitou para ser a Nossa vida.

Não é de se admirar que o Cristianismo é uma substituição de vida: a nossa, egoista, pela de Cristo, santa,

Pr. Thomaz Germanovicz

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NÓS NOS TORNAMOS NAQUILO QUE AMAMOS - A.W.Tozer - Vídeo EU SOU DO MEU AMADO



NÓS NOS TORNANMOS NAQUILO QUE AMAMOS

Estamos todos num processo de transformação. Já saímos daquilo que éramos e chegamos a esta posição onde estamos; agora estamos caminhando para aquilo que seremos.
Saber que nosso caráter não é sólido e imutável e, sim, flexível e maleável não é, em si, uma idéia que incomoda. De fato, a pessoa que conhece a si mesma pode receber grande consolo ao compreender que não está petrificada no seu estado atual; que é possível deixar de ser aquilo que se envergonha de ter sido até então; e que pode caminhar em direção à transformação que seu coração tanto almeja.

O que perturba não é o fato de estarmos em transformação, e sim no quê estamos nos tornando; não é problema o estarmos em movimento, precisamos saber para onde estamos nos movendo. Pois não está na natureza humana mover-se num plano horizontal; ou estamos subindo ou descendo, alçando vôo ou afundando. Quando um ser moral (com o poder de escolha) se desloca de uma posição a outra, necessariamente é para o melhor ou para o pior.

Isto é confirmado por uma lei espiritual revelada no Apocalipse: "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se" (Ap 22.11).

Não só estamos todos num processo de transformação, mas estamos nos tornando naquilo que amamos. Em grande medida, somos a somatória de tudo que amamos e, por necessidade moral, cresceremos na imagem daquilo que mais amamos; pois o amor, entre outras coisas, é uma afinidade criativa; muda, molda, modela e transforma. É sem dúvida o mais poderoso agente que afeta a natureza humana depois da ação direta do Espírito Santo dentro da alma.

O objeto do nosso amor, então, não é um assunto insignificante a ser desprezado. Pelo contrário, é de importância atual, crítica e permanente. É profético do nosso futuro. Mostra-nos o que seremos e, desta forma, prediz com precisão nosso destino eterno.

Amar objetos errados é fatal para o crescimento espiritual; torce e deforma a vida e torna impossível a imagem de Cristo se formar na alma humana. É somente quando amamos as coisas certas que nós mesmos podemos estar certos; e é somente enquanto continuamos amando-as que podemos nos deslocar lenta, mas firmemente, em direção aos objetos da nossa afeição purificada.

Isto nos dá em parte (e somente em parte) uma explicação racional para o primeiro e grande mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mt 22.37).Tornar-se semelhante a Deus é, e precisa ser, o supremo objetivo de toda criatura moral. Esta é a razão da sua criação, a finalidade sem a qual não existiria nenhuma desculpa para sua existência. 

Criados originalmente na imagem de Deus, não permanecemos no nosso estado original, deixamos nossa habitação apropriada, ouvimos os conselhos de Satanás e andamos de acordo com o curso deste mundo e com o espírito que agora opera nos filhos da desobediência.

Embora a perfeita restauração à imagem divina aguarda o dia do aparecimento de Cristo, a obra da restauração está em andamento agora. Há uma lenta, porém firme, transmutação do vil e impuro metal da natureza humana para o ouro da semelhança divina, que ocorre quando a alma contempla com fé a glória de Deus na face de Jesus Cristo ( 2 Co 3.18).


Extraído do livro God Tells the Man Who Cares (Deus Conta ao Homem Que se Importa), de A. W. Tozer. Fonte: Revista Arauto



Mas Deus, que é rico em misericórdia, com seu grande amor com que nos amou, mesmo quando estávamos mortos em nossos pecados, proveu-nos expiação. A suprema obra de Cristo na redenção não foi salvar-nos do inferno, mas restaurar-nos à semelhança de Deus, ao propósito declarado em Romanos 8: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho" (Rm 8.29).

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ODRE SEM VINHO - W. Nee - Vídeo - OUVE SENHOR - Diante do Trono


ODRE SEM VINHO

"Uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica." 2 Corintios 3:6

Para mim, é fatigante, se não realmente repulsivo, conversar com pessoas que visam uma perfeita correção exterior, enquanto pouco se preocupam com aquilo que é vital e espiritual.

"Métodos missionários", como estes, não me interessam nenhum pouco.

Na realidade, é lamentavelmente triste encontrar filhos de Deus que praticamente nada sabem sobre a hostilidade de uma vida levada segundo a força do homem natural e que têm uma pequena experiência vital com relação ao encabeçamento de Jesus Cristo, mas que, o tempo todo, são escrupulosamente cuidadosos em atingir a correção absoluta de métodos na obra de Deus.

O próprio Deus providenciou para Seu vinho o odre que melhor irá contê-lo e maturá-lo.

É prejuízo, sem dúvida, ter o vinho sem o odre, mas, pior do que o prejuízo, é a morte - ter o odre sem o vinho.

(Extraído do devocional Uma Mesa no Deserto- Watchman Nee - Editora dos Clássicos)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Alvo Eterno a Alcançar - O Chambers - Vídeo Musical ROMPENDO EM FÉ - Comunidade Zona Sul


O Alvo Eterno a Alcançar

"Jurei, por mim mesmo, diz o Senhor, porquanto fizeste isso... que deveras te abençoarei", Gen.22.16,17.

Aqui, neste ponto específico, Abraão atingiu o ponto crucial pelo qual manteve seu contato direto com a própria natureza de Deus; ele agora compreende a realidade de Deus por inteiro.

"Meu alvo é Deus somente... A qualquer preço, amado Senhor, Por qualquer caminho."

"A qualquer preço… em qualquer caminho" significa simplesmente que não somos nós que escolhemos os meios através dos quais Deus nos leva a atingir esse alvo e objectivo.

Quando Deus nos fala, se ele fala à sua própria natureza em nós, não pode haver a menor hipótese de a contestar; a única reação possível será uma simples obediência natural, incondicional e imediata.

Quando Jesus diz: "Vinde", eu simplesmente vou; quando ele diz: "Renuncia", eu prontamente renuncio; quando ele diz: "Confia em Deus nesta questão", eu confio sem questões.

Todo esse processo é a simples evidência de que a natureza de Deus, de fato, permanece em mim.
O que determina que essa revelação de Deus seja feita em mim, será o meu caráter, não o caráter de Deus.

"Como sou desprezível, Por essa razão teus caminhos me parecem desprezíveis".

Através da disciplina e da obediência, posso chegar logo àquela mesma posição na qual Abraão se achou e vejo quem Deus é na realidade.

Enquanto não me colocar face a face perante ele em Jesus Cristo, Deus não será real para mim de forma alguma; só ali poderei reconhecer que "em todo o mundo, meu Deus, não há ninguém senão tu, ninguém senão tu".

Enquanto não apreendermos, pela obediência, como a natureza de Deus é, as promessas dele não terão qualquer significado para nós.

Às vezes lemos certas coisas na Bíblia trezentas e sessenta e cinco vezes sem que elas possam significar algo para nós, até que de repente nós obedecemos a Deus num ponto particular e logo ali compreendemos o que ele quer dizer com obediência; e, logo ali também, a sua natureza se revela em nós e nos tomamos pleno conhecimento dela.

"Porque quantas são as promessas de Deus tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amem por nosso intermédio", 2Cor.1:20.

Sempre que ratificamos e concordamos neste "Amem", isto é, “Assim seja”, essa promessa se torna logo nossa.

(Extraído do devocional Tudo Para Ele - O. Chambers - Editora Betania)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

COMO A VONTADE DE DEUS SE CUMPRE - W.Nee - Vídeo AGNUS DEI - Michael Smith (É de arrepiar...ouçam)


COMO A VONTADE DE DEUS SE CUMPRE NESTA TERRA

"Todos estes perseveravam unânimes em oração. Atos 1:14

Como a vontade de Deus se cumpre nesta terra?

Somente Deus tendo ao Seu lado um povo disposto. Somente com cada um de nós se lembrando, nas solenes condições de hoje, que a Igreja em oração é o canal para liberar poder do céu, e que este ministério é nossa maior obra possível.

Deus mostra aquilo que deseja, levantamo-nos e pedimos, e Deus age dos céus: esta é a verdadeira oração, e é isto que devemos ver´plenamente manifestado em nossas reuniões de oração.

Se a Igreja em uma cidade não conhece este ministério de oração, que Deus a perdoe!

Sem ele, todas as outras coisas são vazias;

Deus não tem vaso naquele lugar.

(Extraído de Uma Mesa no Deserto - Watchman Nee - Editora dos Clássicos)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ÁRVORE DA VIDA x ÁRVORE DO CONHECIMENTO - Watchman Nee - Vídeo musical - BASTA QUERER - Carlinhos Félix


ÁRVORE DA VIDA 
ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL

"Bem aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida." Apocalipse 22:14

Não foi por cometer um assassinato que Adão permitiu que o pecado entrasse no mundo. Isto aconteceu mais tarde.

Adão deixou entrar o pecado por seu lívre-arbítrio entre estas duas árvores: aquela cujo nome é Vida e a outra que se lhe oferecia o poder independente de decidir por si mesmo sobre questões morais.

Por um ato deliberado, ele se voltou para a segunda, preferindo que sua alma se desenvolvesse em um lugar onde ele poderia seguir sozinho à parte de Deus,

Portanto, quando Deus assegura para Sua glória uma raça de homens que será o instrumento para o cumprimento de Seu propósito no universo, esta raça será um povo cuja vida - de fato, cujo próprio fôlego - depende Dele.

Ele será a "árvore da vida" para este povo.

(Extraído de Uma Mesa no Deserto - Watchman Nee -  Editora dos Clássicos)

sábado, 6 de novembro de 2010

A PROVA DA FÉ - O.Chambers - Vídeo SENHOR DO UNIVERSO - Carlinhos Félix

A Prova da Fé

"Fé como um grão de mostarda... e nada vos será impossível" Mat.17.20.

Nós achamos que Deus nos dá recompensas devido à nossa fé; até pode ser que seja assim enquanto somos novos na fé; mas a função da fé não será conceder-nos recompensas por termos crido, mas acima de tudo levar-nos a um relacionamento correto com Deus, dando-lhe espaço para operar dentro de nós livremente.

Se você é filho de Deus, Deus tem que retirar de si, com alguma frequência, a sustentação causada por experiências anteriores para que possa apenas manter-se num contato direto e exclusivo com ele.

Deus quer que entendamos que a vida de fé evangélica é uma vida e não uma forma de sentimentalismo emotivo e de gozo gratificante a nível de emoções por causa daquelas bênçãos que recebemos dele.

No início, nossa fé era pequena e intensa, estabelecida e sedimentada à volta dum pequeno ponto luminoso naquela experiência que menosprezava tanto o bom senso quanto a fé realista e real e era cheia de luz e de beleza; então Deus retirou de nós suas bênçãos conscientes com o intuito de nos ensinar a caminhar só “pela fé”, 2Cor.5:7.

Temos agora mais valor para Ele do que nos tempos remotos daquelas alegrias conscientes de testemunhos elucidativos e plenos de emoção.

A própria natureza da fé que é real exige que ela seja provada para deixar de ser fingida e emocional; não porque achemos difícil confiar em Deus, mas porque é necessário que tiremos da nossa mente todas as dúvidas em relação à fiabilidade e certeza de todo o caráter de Deus.

É essencial para o pleno desenvolvimento da fé que ela passe por períodos de isolamento em silêncio absoluto. Nunca confundamos as provas impostas à nossa fé com a disciplina comum da vida real; grande parte do que dizemos constituírem provas de nossa fé, não passa dum resultado consequente e inevitável de estarmos vivos aqui nesta terra.

Crer na Bíblia é crer em Deus, apesar de tudo o que contradiz: é manter confiança no caráter absoluto e insolúvel de Deus, faça ele o que fizer.

Um dos versículos mais conhecidos que temos é: "Ainda que ele me mate, nele ainda confiarei", Job.13:15. Essa é uma das mais sublimes declarações de fé que a Bíblia contém.

(Extraído de Tudo Para Ele - Oswald Chambers - Editora Betânia)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A AUTORIDADE DA VERDADE - O.Chambers - O TEU TRABALHO É DESCANSAR EM MIM - Ludmila Ferber


A Autoridade da Verdade

"Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros", Tiago 4.8.

É essencial conceder às próprias pessoas a oportunidade de tomarem decisões sob o efeito da verdade de Deus.

A responsabilidade deve ser deixada com o próprio indivíduo; ninguém pode agir por ele.
A mensagem evangélica deve carregar consigo a sutileza da pessoa poder agir por ela, sendo que é necessário que essa decisão seja dela.

A sua recusa em agir por ela trará consigo uma paralisia que deixa a pessoa exatamente onde ela estaria antes; mas se ela agir nunca mais será a mesma a partir de então. A barreira que se interpõe no caminho de centenas de pessoas que já foram convencidas pelo Espírito de Deus, será a aparente loucura da ação que devem ter de tomar ainda.

Assim que me esforço e tomo essa decisão certa, nesse mesmo instante começarei a ser vivente e a viver; tudo o mais será mera existência. Os momentos em que realmente vivo são aqueles com os quais ajo com toda a minha vontade dentro de Deus.

Sempre que uma determinada verdade de Deus me tocar na alma, devo agir antes que ela passe, não necessariamente no plano físico, mas no plano da vontade. Registre-a, com tinta ou com sangue dentro de si.

Mesmo a mais fraca das pessoas que se submete a Jesus Cristo se emancipa no mesmo instante em que age por ela, pois todo o poder omnipotente de Deus entrará em ação e penetrará dentro dela e a seu favor logo ali.

Por vezes esbarramos na verdade de Deus e chegamos mesmo a confessar que estamos errados, apenas para voltamos atrás de novo; até um dia que entendamos que não devemos mais voltar atrás. Temos que tomar uma posição definitiva em relação a qualquer palavra vivificante vinda de nosso Redentor, rendendo-nos a ele por completo.

Sua palavra "vinde", significa rendição incondicional. "Vinde a mim", Mat.11:28. Mas, infeliz é o ser para quem a última coisa será ir; apenas os que vão, descobrirão por eles mesmos que o fluxo sobrenatural da vida de Deus os invade no preciso instante em que se acometem, fazendo.

O domínio do mundo, da carne e do diabo perdem seu poder e valor sobre eles, não pelo seu acto de rendição, mas porque esse ato nos liga a Deus através do seu poder redentor.

(Extraído de Tudo Para Ele - Oswald Chambers - Editora Betânia)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

OBEDIÊNCIA OU INDEPENDÊNCIA- O. Chambers - Vídeo musical AINDA EXISTE UMA CRUZ - Diante do Trono


Obediência ou Independência?

"Se me amais, guardareis os meus mandamentos", João 14.15.

O Senhor nunca insiste conosco para Lhe obedecermos sequer; ele diz-nos claramente que o benefício é todo nosso e mostra-nos o que deveríamos fazer, mas nunca usa de meios para nos obrigar a fazê-lo quando o não quisermos.

Temos que obedecer-lhe por causa da nossa unificação de espírito. Será por isso que, quando o Senhor falava em discípulado, usava a palavra SE — você só terá que fazê-lo, se o qui¬ser. "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo", Luc.9:23; ceda-Me todos os direitos sobre si.

O Senhor não está falando aqui de posições na eternidade, mas de sermos úteis a ele já aqui na terra e será por isso que as palavras dele nos parecem ser severas, Luc.14.26. Nunca interprete essas palavras sem levar em consideração aquele que as proferiu.

O Senhor não dita com regras específicas. Ele deixa bem claros todos os seus padrões e, se meu relacionamento com ele é de amor, farei o que ele me diz para fazer sem nenhuma hesitação ou objeção sequer.

Caso hesite, será apenas porque amo alguém mais do que a ele — a mim mesmo. Jesus Cristo não nos impele à obediência, mas devemos fazê-lo logo. Quando lhe obedeço, cumpro o meu destino espiritual e a vida que me estava destinada se concretizará.

Minha vida pessoal pode estar crivada de incidentes mesquinhos, todos eles imperceptíveis e insignificantes; mas, se eu obedecer a Jesus Cristo mesmo em circunstâncias adversas de solidão e tristeza, elas se tornarão pequenos orifícios através dos quais verei a face de Deus brilhar sobre mim; e quando me encontrar face a face com ele, ser-me-á desvendado então que, através da minha obediência, milhares de pessoas foram abençoadas sem eu saber como.

Quando a operação de Deus dentro duma alma específica, encontra nela a obediência, a redenção sempre produzirá vida abundante. Se obedecer a Jesus Cristo, a redenção de Deus beneficiará outras vidas por mim também, porque por detrás desses atos de obediência achar-se-á escondida aquela realidade do Deus todo-poderoso.

(Extraído de Tudo Para Ele - Oswald Chambers - Editora Betânia)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

VOCÊ NÃO SE PERTENCE - Vídeo musical OUVE SENHOR - Diante do Trono

VOCÊ NÃO SE PERTENCE
"Acaso não sabeis... que não sois de vós mesmos?" 1 Cor.6.19.

Não existe essa coisa chamada “vida particular e privada” para um crente, para nenhum dos que participam de todos os sofrimentos de Jesus Cristo, um lugar para nos escondermos a sós e isolamo-nos do resto do mundo.

Deus abre a vida particular de seus servos como abriu o Mar e deixa nela uma via aberta para o mundo e, por outro lado, uma passagem para o próprio Deus também. E nenhum ser humano consegue suportar tal coisa, a menos que seja identificado com Jesus Cristo de fato.

Não somos santificados para benefício próprio; somos chamados à comunhão do próprio evangelho e por isso acontecem coisas que não têm nada a ver connosco, mas com Deus em nós; o objetivo de Deus é, assim, levar-nos a uma comunhão consigo próprio.

Permita-lhe então que faça a vontade dele por si e em si; se não o fizer, em vez de ter alguma utilidade para Deus em sua obra que redime todo o mundo, você será tropeço impeditivo e um entrave para isso mesmo.

A primeira coisa que Deus nos faz, é firmar nossos pés na dureza da realidade, até que não nos importemos mais com o nosso destino desejado e pessoal, contanto que se faça a vontade dele em prol do propósito que existe na sua redenção.

Por que não deveríamos nós passar por dificuldades e tristezas? Através desses portões, Deus está escancarando portas para caminhos de plena comunhão com Ele.

A maioria dos crentes deixa-se abater através do primeiro aperto duma dorzinha; senta-se na soleira do propósito de Deus e recusa-se a dar mais um passo e fica morrendo de auto-compaixão por ali mesmo.

Todas as expressões da chamada “simpatia do Cristão” para com os tais, servirão apenas para apressar essa morte auto-condolente. Mas Deus não a apressará. Ele estenderá a mão trespassada de seu Filho para afirmar: "Entra em comunhão comigo — levanta-te e resplandece", Is.51:1,2.

Se através de determinado sofrimento Deus puder fazer com que se cumpram os propósitos dele para o mundo e para nós, então agradeça-lhe esse sofrimento.

(extraído do Devocional Tudo Para Ele -- Oswald Chambers - Editora Betânia)

domingo, 31 de outubro de 2010

O BENEFÍCIO DAS PROVAS - Fénelon - Vídeo Musical = O MOVER DO ESPÍRITO - Ludmila Ferber

QUERO QUE VALORIZE O QUE VOCÊ TEM.
VOCÊ É UM SER VOCÊ É ALGUÉM TÃO IMPORTANTE PARA DEUS.......
..........ELE ESTÁ EM VOCÊ.
O ESPÍRITO SANTO SE MOVE EM VOCÊ....


O BENEFÍCIO DAS PROVAS


Estás experimentando provas de certa dureza, mas Deus permitiu que ocorressem porque necessitas delas.

Ele as sabe escolher. Você mesmo não teria sido capaz de optar por aquilo que Deus traz para sua vida por meio da cruz.

A cruz pela que optarias afiançaria tua própria vontade em vez de demolí-la.

Às vezes tudo na vida parece uma prova.  Há vezes que só há sofrimento. Mas a mais dura cruz tem que ser levada em paz.

Há vezes em que a cruz não se pode levar nem arrastar. Então só podes ficar sob ela, sobressaltado e exausto. Rogo que Deus lhe dirija tão pouco sofrimento quanto é possível.

Lembre-se de que Deus não é surdo ao teu sofrer.
Ele permite teu sofrimento. Dá-te conta que só Ele sabe o que é melhor para ti.

Vive pela fé ao tempo que abraça suas provas.

Confia em Deus em certeza, embora não alcances ver o que Ele está fazendo.
Confia que Deus, com grande compaixão, oferece-te provas em proporção à ajuda que te quer emprestar.

Não há dúvida de que a vida de fé é a mais sutil de todas as mortes.

Queixa-te de sua escuridão interior e pobreza de espírito. Jesus diz, bem-aventurados os pobres em espírito.

É bom que veja tua debilidade, mas não a desculpe.
Mantém-te singelo e humilde ante Deus e Ele te trará paz, ternura, paciência, e contentamento ainda em tua tribulação.

(Extraído de Anelos do coração - Seção Caminho da Crus - Fénelon 1651 - 1715 -)

“Muitas vezes a tristeza vem de que, procurando a Deus,
nós não temos o sentimento da sua presença.
Querer sentir não é querer possuir:  é uma espécie de amor próprio;
queremos ter certeza de possuir, para só então sentir a consolação. ”
Fénelon

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

ESTÁ CONSUMADO! - Oswald Chambers - Vídeo Musical OS SONHOS DE DEUS - Ludmila Ferber


JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

"Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida", Romanos 5.10.

Eu não sou salvo porque creio; entendo, através do ato de crer, que sou salvo.

Não é o arrependimento que me salva; o arrependimento é o sinal de que reconheço o que Deus realizou através de Cristo Jesus.

O perigo subsiste sempre que se coloca a ênfase no efeito e o retiramos da causa. É a minha obediência que me justifica diante de Deus, ou a minha consagração? Nem uma coisa nem outra!

Estou justificado perante Deus porque, antes de mais nada, Cristo morreu – sou tornado justo através de Cristo em mim.

Quando me volto para Deus e, pela fé, aceito o que Deus revela que posso aceitar dele, passo imediatamente a estar corretamente relacionado com Deus pela maravilhosa expiação que Jesus Cristo fez e faz; e, através do milagre sobrenatural da graça de Deus, sou justificado, não porque me entristeço pelo meu pecado, não porque me arrependi, mas por causa do que Jesus fez em mim.

O Espírito de Deus revela-me isso com uma clareza total, penetrante e passo a saber que estou salvo, embora não saiba como sei.

A salvação de Deus não se baseia em qualquer lógica humana; baseia-se na morte sacrificial do Senhor Jesus. Devido à expiação do nosso Senhor poderemos nascer de novo.

Os pecadores podem ser transformados em novas criaturas, não pelo seu próprio arrependimento nem por sua fé, mas pela obra maravilhosa de Deus em Cristo Jesus, que antecede todas essas experiências.

A inexpugnável segurança da justificação e da santificação é o próprio Deus.
Não temos que operar essas coisas em nós mesmos; elas foram operadas através da expiação.

O sobrenatural torna-se natural através dum milagre de Deus; então surge a compreensão do que Jesus Cristo já fez e se diz também:    "Está consumado".

(Extraído do devocional Tudo para Ele - Oswald Chambers - Editora Betânia)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

TU, PORÉM, PORQUE JULGAS TEU IRMÃO? - Watchman Nee - Vídeo musical OLHA PRA MIM - Toque no Altar


TU, PORÉM, PORQUE JULGAS TEU IRMÃO?

"Tu´, porém, porque julgas teu irmão? E tu, porque desprezas o teu? Pois todos comparecemos perante o tribunal de Deus" Romanos 14:10

Dua coisas nos são proibidas aqui: JULGAR e DESPREZAR - um ato exterior e uma atitude interior.

Posso não ter chegado ao ponto de não expressar em público um julgamento sobre meu irmão; muito bom, mas será que não o estou julgando para mim mesmo de forma desamorosa?

Será que, no íntimo, não tenho pena dele porque ele não vê as coisas como vejo?

Será que não o desprezo no meu coração como alguém que é fraco ou excênctrico?

Se isso acontece, corro um grande perigo, pois meu próximo passo será admitir que sou, portanto, melhor do que ele.

Se o desprezo, então, é bem provável que eu valorize muito a mim mesmo.

Que eu tenha cuidado ao classificar-me como alguém que é espiritualmente forte, pois isso é apenas expor a Deus minha própria carnalidade.

Naturalmente, Ele teria me feito discernir claramente o certo e o errado; no entanto, nunca devo fazer com que os outros sejam vítimas de neu discernimento.

O trono de julgamento pertence a Cristo e ainda está por vir.

Quem de nós tem coragem de usurpar sua função agora?

(Extraído do devocional Uma Mesa no Deserto - Watchman Nee - Editora dos Clássicos)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ORAÇÃO: A CHAVE... Oswald Chambers - Vídeo Musical: MANANCIAL - Diante do Trono


A CHAVE PRA OBRAS MAIORES
"E outras (obras) maiores fará, porque eu vou para junto do Pai", João 14.12.


A oração não nos prepara para obras ainda maiores;
a oração é a obra maior.

Encaramos a oração como um exercício vulgarizado de nossas habilidades quando se necessitam milagres e que tem por objetivo prepararmo-nos para um serviço a Deus.

Segundo o ensino de Jesus Cristo, a oração é a operação do milagre da redenção em mim, a qual produz em todos os outros o milagre da redenção também, através do poder de Deus.

Será através da oração que o fruto permanece em nós e por nós; mas lembremo-nos que essa oração tem que ser baseada na agonia da redenção e não na minha agonia. Só uma "criança" obtém respostas concretas em toda a oração; o homem "sábio", nunca o conseguirá, Mat.11:25.

Será na oração que se trava a maior de todas as batalhas; nunca será o lugar onde estamos que fará a diferença.

Seja qual for a situação na qual Deus nos coloca, nosso dever é orar sempre.

Não aceite esta ideia: "Não sirvo para nada aqui onde estou"; você, certamente, também não servirá para nada onde não está.

Sejam quais forem as circunstâncias nas quais Deus o lança, ore espontaneamente a ele sem parar. "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei". Mas nós só queremos orar se pudermos ter sensações emocionantes; essa é a mais expressiva forma de egoísmo espiritual que existe em nós.

Nosso trabalho tem que ser orientado por Deus e ele nos comanda a orar. "Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara".

Não há nada de excepcional no que um operário faz, mas é o operário quem executa as concepções do génio; e é o obreiro cristão quem executa as concepções do seu Mestre. Você trabalha em oração e, do ponto de vista dele, os resultados serão um fator constante sempre que assim é.

Que surpresa terá quando o véu for retirado dos seus olhos e ser descoberto qual o grande número de almas que colheu simplesmente porque tinha o hábito de cumprir ordens destas vindas de Jesus Cristo!


(Extraído do devocional Tudo para Ele - Oswald Chambers - Editora Betânia)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

OVELHAS UNGIDAS E FERIDAS CURADAS - Max Lucado - Vídeo musical BÁLSAMO EM GILEADE Diante do trono


Ovelhas Ungidas e Feridas Curadas
O Fardo do Desapontamento

"Unges a minha cabeça com óleo."   Salmos 23.5

Des muda todas as coisas. Com des, "obediência" vira "desobediência"." Respeito” é mudado para "desrespeito". "Consideração" é, repentinamente, "desconsideração".  e "graça" é transformada em" desgraça". Tudo por causa do des.

A maioria de nós gosta de apontamentos. Até o organizacionalmente inepto gosta de apontamentos.

Apontamentos criam um senso de previsibilidade num mundo imprevisível. Achamos que sabemos controlar o futuro, ... já que os nossos cronômetros dão-nos a ilusão de que o fazemos.

Um desapontamento recorda-nos que não. Um desapontamento é um apontamento perdido. O que esperávamos aconteceria não aconteceu. Queríamos saúde; arranjamos doença. Queríamos aposentadoria; obtivemos serviço. Divórcio em vez de família. Demissão em lugar de promoção.

E agora? O que fazemos com os nossos desapontamentos? Como você lidou com ele? Ou melhor, como você está lidando com ele? Aceita uma ajuda? Tenho exatamente o que você precisa.
Seis palavras no quinto verso do Salmo 23: "Unges a minha cabeça com óleo".

Não vê a conexão? O que um versículo sobre óleo tem a ver com os ferimentos que vêm dos desapontamentos da vida? Uma pequena lição rural pode ajudar.

No antigo Israel, os pastores usavam o óleo para três propósitos: repelir insetos, evitar conflitos, e curar machucados.

Insetos apenas aborrecem as pessoas, mas podem matar as ovelhas. Moscas e mosquitos podem tornar o verão um período de tortura para o rebanho. Pense nas moscas no focinho, por exemplo. Se acontecer de elas depositarem seus ovos na macia membrana do nariz da ovelha, os ovos tornam-se larvas que deixam insana a ovelha.

Um pastor explica: "Para livrar-se desta agonia, a ovelha deliberadamente baterá a cabeça contra árvores, rochas, mourões ou moitas... Em casos extremos de infestação intensa, uma ovelha pode até se matar num frenético esforço para obter alivio da irritação".

Quando um enxame de moscas do focinho aparece, as ovelhas entram em pânico. Elas correm. Se escondem. Arremessam a cabeça para baixo e para cima, durante horas. Esquecem-se de comer e tornam-se incapazes de dormir. As ovelhas param de dar leite e os cordeiros param de crescer. Pode haver um estouro do rebanho, e ele pode até mesmo ser destruído pela presença de algumas moscas.

Por esta razão, o pastor unge as ovelhas. Ele cobre suas cabeças com um óleo repelente. A fragrância mantém os insetos em apuros e o rebanho em paz.

A maioria dos machucados tratados pelo pastor é o resultado da vida no pasto. Espinhos furam, pedras cortam, ou uma ovelha esfrega a cabeça com demasiada força contra uma árvore. Ovelhas se machucam.

Conseqüentemente, o pastor inspeciona diariamente as ovelhas, à procura de cortes e escoriações. Ele não quer que o corte piore. Não quer que o ferimento de hoje se torne a infecção de amanhã.

Nem Deus quer. Assim como as ovelhas, temos machucados, mas os nossos são ferimentos do coração que vieram de um desapontamento após outro. Se não tomarmos cuidado, estes ferimentos transformam-se em amargura. E então, a exemplo das ovelhas, precisamos ser tratados. "Foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto" (Sl 100.3).

As ovelhas não são as únicas que precisam de cuidados preventivos, nem as únicas que carecem de um toque curador. Nós também nos irritamos uns com os outros, damos marradas e ficamos feridos. Muitos dos nossos desapontamentos na vida começam com irritações. A grande parcela de nossos problemas não são ataques de leões, mas enxames diários de frustrações, infortúnios e angústias.

Assim como as ovelhas, você não dorme bem, nem come bem. Você pode até bater a cabeça contra uma árvore, algumas vezes. Ou você pode bater a cabeça contra uma pessoa. É surpreendente o quão cabeçudo podemos ser uns contra os outros. Alguns de nossos ferimentos mais profundos vêm de batermos a cabeça uns contra os outros.

A exemplo das ovelhas, o restante de nossas feridas vem de vivermos no pasto.  As ovelhas têm de enfrentar ferimentos de espinhos e cardos. Nós temos de enfrentar envelhecimento, perdas e doenças. Alguns de nós enfrentam traições e injustiças. Vivamos o suficiente neste mundo, e a maioria de nós enfrentará feridas, profundas feridas, de uma espécie ou de outra.

Então nós, como as ovelhas, ficamos machucados. E nós, como as ovelhas, temos um pastor. Lembra-se das palavras que lemos? Ele fará por você o que o pastor faz pelas ovelhas. Ele cuidará de você.

O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10.11).

Ele tocou os olhos do cego. Tocou a moléstia do leproso. Tocou o corpo da garota morta.

Jesus zelava de suas ovelhas.

Ele tocou o coração inquiridor de Nicodemos. Tocou o coração aberto de Zaqueu. Tocou o coração partido de Maria Madalena. E tocou o obstinado coração de Paulo e o arrependido coração de Pedro.

Jesus zelava de suas ovelhas, e Ele zelará de você.

Se você lho permitir. Como? Como você lho permite? Os passos são tão simples.

Primeiro, vá a Ele. Davi não confiaria suas feridas a outra pessoa, senão a Deus. Ele disse: "[Tu] unges a minha cabeça com óleo". Não os "seus profetas" ou os "seus professores" ou os "seus conselheiros". Outros podem guiar-nos a Deus, mas apenas Deus pode curar-nos. Deus "sara os quebrantados de coração" (Sl 147.3).

Você tem levado os seus desapontamentos a Deus? Você os tem partilhado com os vizinhos, parentes e amigos. Porém os tem levado a Deus? Tiago aconselha: "Está alguém entre vós aflito?  Ore" (Tg 5.13).

Antes de ir a qualquer um com os seus desapontamentos, vá a Deus.

Talvez você não queira importunar Deus com os seus machucados. Afinal, você pensa, Ele trata de penúrias, pestilências e guerras; não se importará com minhas pequenas lutas. Por que você não o deixa decidir isto?

Ele preocupou-se o suficiente com um casamento para prover o vinho. Preocupou-se o suficiente com o pagamento de impostos de Pedro para dar-lhe uma moeda. Preocupou-se o suficiente com a mulher junto ao poço para dar-lhe respostas. "Ele tem cuidado de vós" (1 Pe 5.7).

Seu primeiro passo é ir à pessoa certa. Vá para Deus.

Seu segundo passo é assumir a postura correta. Curve-se perante Deus.

A fim de ser ungida, a ovelha deve ficar quieta, abaixar a cabeça, e deixar o pastor fazer o seu trabalho. Pedro insta conosco: "Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte" (1 Pe 5.6).

Quando nos chegamos a Deus, fazemos pedidos; não fazemos demandas.
Chegamos com elevadas esperanças e um coração humilde. Exprimimos o que querermos, mas oramos pelo que é certo.  "Não fará Deus justiça aos seus escolhidos que clamam a Ele de dia e de noite, e não se demorará em atendê-los? (Lc 18.7).

Nós vamos até Ele. Curvamo-nos diante dEle. E confiarmos nEle.

As ovelhas não entendem por que o óleo repele as moscas. As ovelhas não entendem como o óleo cura as feridas.

De fato, tudo o que as ovelhas sabem é que alguma coisa acontece na presença do pastor. E isto é tudo o que precisamos saber também.

"A ti, Senhor, levanto a minha alma. Deus meu, em ti confio" (Sl 25.1,2).

Vá.  Curve-se.  Confie.

Vale uma tentativa, você não acha?

(Extraído do livro Aliviando a Bagagem - Max Lucado)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A PRISÃO DO QUERER - Max Lucado - Vídeo musical DEUS CUIDA DE MIM - Kleber Lucas


A PRISÃO DO QUERER..

Livre-se das cargas que você nunca deveria ter carregado. 
A Promessa do Salmo 23 "O Senhor é meu Pastor; nada me faltará"
 
Venha comigo à prisão mais populosa do mundo. A instituição tem mais ocupantes que beliches. Mais prisioneiros que pratos. Mais residentes que recursos.

Venha comigo à prisão mais opressiva do mundo. Apenas pergunte aos ocupantes; eles lhe dirão. Eles estão extenuados e subnutridos. Suas paredes são nuas, e as beliches, duras.

Nenhuma prisão é tão populosa, nenhuma é tão opressiva, e, além disso, nenhuma é tão permanente. A maioria dos ocupantes nunca sai. Eles nunca escapam. Nunca são soltos. Eles cumprem uma sentença de vida nesta abarrotada e mal-provida instituição.

O nome da prisão? Você o verá na entrada. Em forma de arco-íris, acima do portão, seis letras em ferro fundido expressam-lhe o nome: QUERER

A prisão do querer. Você tem visto seus prisioneiros.

Eles estão "em querer". Eles querem alguma coisa. Querem algo maior. Mais bonito. Mais rápido. Mais magro. Eles querem.

Eles não querem muito, objeta você. Querem apenas uma coisa. Um novo emprego. Uni novo carro. Uma nova casa. Um novo cônjuge. Eles não querem muito. Querem apenas um.

E quando eles tiverem "um", serão felizes. E eles estão certos - eles serão felizes. Quando eles tiverem "um", sairão da prisão. Então acontece. O cheiro de carro novo passa. O novo emprego fica velho. O vizinho compra uma televisão maior. O novo cônjuge possui maus hábitos. As expectativas goram, e antes que se perceba, outro ex-condenado quebra a liberdade condicional e retorna à Cadeia.

Você está na prisão? Está se você se sente melhor quando tem mais, e pior, quando tem menos. Se o contentamento é uma libertação remota, uma transferência distante, um prêmio ao longe, uma renovação afastada. Se a sua felicidade vem de algo que você deposita, dirige, bebe ou digere, encare os fatos - você está numa prisão, a prisão do querer.

Visualize todos os seus bens, e deixe-me dizer-lhe duas verdades bíblicas.

Seus bens não são seus. Pergunte a qualquer juiz investigador de artes suspeitas. Pergunte a qualquer embalsamador. Pergunte a qualquer diretor de casa funerária. Ninguém leva nada consigo.

"Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho que possa levar na sua mão" (Ec 5.15).

De todos estes bens, nada é seu. E sabe o que mais sobre estes bens? Eles não são você. Quem você é não tem nada a ver com as roupas que você usa ou com o carro que você dirige. Jesus avisou: "A vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lc 12.15).

Deus não conhece você como o companheiro com o terno elegante, ou a mulher com a casa grande, ou a criança com a bicicleta nova. Deus conhece o seu coração. "O Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração" (1 Sm 16.7).

Quando Deus considera sobre você, Ele pode ver sua compaixão, sua devoção, sua brandura, ou agudeza mental, mas não pensa em suas coisas.

E quando você reflete sobre si, deveria fazer o mesmo.

Defina a si mesmo pelo que possui, e se sentirá bem quando tiver muito, e mal, quando não tiver. O contentamento vem quando podemos, honestamente, dizer como Paulo: "Já aprendi a contentar-me com o que tenho... Estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância quanto a padecer necessidade" (Fp 4.11,12).

Posso intrometer-me por um instante? Qual é a única coisa que separa você da alegria? Como você completaria a frase: “Serei feliz quando"? Quando eu for curado. Quando eu for promovido. Quando me casar. Quando eu ficar solteiro. Quando eu for rico. Como você completaria esta declaração?

Agora, com a sua resposta firme na mente, responda esta: Se você nunca tirar a sorte grande, se o seu sonho nunca se tornar realidade, se a situação nunca mudar, poderá você ser feliz? Se não, você está dormindo na fria cela do descontentamento. Você está na prisão. E você precisa saber o que você tem no seu Pastor.

Certa vez um homem foi pedir conselho a um pastor. Ele achava-se no meio de um colapso financeiro. "Perdi tudo", lamentou ele.

“Oh, estou tão triste por você ter perdido a sua fé".
“Não, corrigiu o homem, "não perdi a minha fé".
“Bem, então sinto muito por você ter perdido o seu caráter".
“Eu não disse isto", tornou a corrigir ele. "Ainda tenho o meu caráter”.
“Que pena você ter perdido a sua salvação".
“Não foi isto o que eu disse", objetou o homem. "Não perdi a salvação".
“Você tem a sua fé, o seu caráter, a sua salvação.
“Parece-me", falou o ministro, "que você não perdeu nenhuma das coisas que realmente importam".

Quando entregamos a Deus o incômodo fardo do descontentamento, não apenas desistimos de algo, mas ganhamos alguma coisa.

Deus o substitui por um que seja leve, feito sob medida, à prova de tristeza e adicto da gratidão.

O que você ganhará com o contentamento? Poderá ganhar o seu casamento. Poderá ganhar horas preciosas com os seus filhos. Poderá ganhar o seu auto-respeito. Poderá ganhar alegria. Poderá ganhar a fé para dizer: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará".

Tente dizê-lo bem devagar: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará".
Novamente: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará".
De novo: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará".

Shhhhh. Ouviu alguma coisa? Acho que ouvi. Não tenho certeza... mas acho que ouvi a porta de uma prisão se abrindo.

(Extraído do livro Aliviando a Bagagem -  Max Lucado)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

GUARDADOS PELO PODER DE DEUS - Watchman Nee - Vídeo musical: EU VOU ABRIR O MEU CORAÇÃO - Fernandinho

"Sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé."  1Pedro 1:5

Há uma condição ligada ao poder que Deus tem de guardar-nos: somos guardados mediante a fé.

A menos que confiemos Nele, Ele não poderá guardar-nos.

Para conhecermos Sua proteção, devemos crer em Suas promessas de todo coração.

Não estamos desconfiando da Sua capacidade de guardar-nos quando fomentamos dúvidas quanto à nossa segurança diante da tentação?

Ora, não somos nós que temos de enfrentar as tentações de satanás.

Todas as manhãs, quando nos levantamos, devemos dizer ao Senhor: "Agradeço-te por teres me guardado ontem. Não sei que tentações podem me sobrevir hoje nem como vencê-las, mas confio novamente que Tu me ajudarás a enfrentá-las".

Confie totalmente Nele, nosso Deus de poder.

Então, por mais imprevisíveis que sejam os dardos inflamados do maligno, algo irá desviá-los de forma maravilhosa.

É o escudo da fe.

(Extraído do devocional Uma Mesa no Deserto - Watchman Nee - Editora dos Clássicos)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A INCLINAÇÃO NATURAL DA DEGENERAÇÃO - O.Chambers - Vídeo Musical - FAZ CHOVER - David Quinlan e Ana Paula

A Inclinação Natural da Degeneração


"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram", Rom.5.12.

A Bíblia não nos diz que Deus puniu a raça humana pelo pecado de um homem; mas que a disposição para pecar, ou seja, a minha reivindicação de meus direitos sobre mim mesmo, entrou na raça humana por causa dum homem, mas que outro homem tomou sobre si o pecado dessa mesma raça humana e o aniquilou esse poder anterior sobre ela mesma, Heb.9.26, o que é uma revelação infinitamente mais profunda que qualquer outra.

A disposição para pecar não é a imoralidade nem a prática de outras coisas erradas, mas a disposição da auto-realização onde e quando me torno meu próprio deus. Essa disposição pode até manifestar-se através da moralidade e decência ou por uma imoralidade muito indecente, irreversível e pouco abonatória, mas sua base será sempre uma e a mesma: a reivindicação de meus direitos sobre mim mesmo para os continuar a deter em mim mesmo.

Quando o Senhor se defronta com homens cheios de forças malignas ou com homens com sua vida aparentemente limpa, moral e correcta, ele não presta nenhuma atenção à degradação moral dos primeiros, nem à boa condição moral dos últimos; ele olha para algo que nós não vemos, ou seja, a disposição interior de cada homem e mulher.

O pecado é algo no qual já nasci e em que não terei como tocar para mudar sua disposição; mas Deus toca o pecado globalmente pela redenção que faz e consegue em nós. Pela cruz de Jesus Cristo, ele resgatou toda a raça humana da possibilidade de ser condenada por causa do que herdou do pecado. Em nenhum momento Deus julga o homem tendo-o como responsável por ter recebido da conduta e da herança do pecado.

Se somos condenados não é por havermos nascido com a herança do pecado; contudo, se compreendermos que Jesus Cristo veio para libertar-nos dela e nos recusarmos a permitir que ele o faça agora e já, a partir deste momento que Cristo veio iniciou-se também o processo do juízo e da condenação.

"O julgamento é este: (o momento crítico), que a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz", João 3:19.

(Extraído do devocional Tudo para Ele - Oswald Chambers -Ed Betânia)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O ABC DA LÍNGUA MALDITA - Por Glênio F Paranaguá - Vídeo Musical TUDO ENTREGAREI - André Valadão

O ABC DA LÍNGUA MALDITA

Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Tiago 3:6.

A língua é um dos membros mais moles do corpo humano. Mas é dura no falar. As pancadas da língua doem mais do que as cacetadas dos soldados. Estas deixam hematomas, mas a língua aleija. Há mais pessoas deformadas com veneno de língua do que com picada de víbora. Quantas famílias têm sido destruídas com a peçonha do cuspe! Palavras molhadas com o chuvisco de saliva desancam personalidades e demolem relacionamentos.

Tanto o conteúdo como a forma como se fala são responsáveis pelas feridas da alma. Uma língua frouxa freqüentemente deixa os ouvintes em apertos. Quantas cabeças têm rolado sob o corte afiado deste músculo ferino! Todos os dias, vidas e mais vidas são destroçadas com o poder de uma língua amolada. Nada é tão aberto para o engano como a boca, e nada é tão escorregadio como a língua.

Uma boca escancarada e uma língua lisa são elementos propícios para a disseminação da fraude. Muitas pessoas têm caído espetacularmente por dar crédito a mensagens enganosas. As mentiras não têm pernas, mas voam rápido pelo dorso da língua.

Uma língua fraudulenta tem poder destruidor maior que uma bomba atômica, pois os efeitos desta, por mais irradiação que tenha, ficam sempre localizados, mas a contaminação da língua roda o mundo em poucos instantes. A morte e a vida estão no poder da língua. Provérbios 18:21a.

Uma língua incendiada com as mentiras do inferno causa danos irreparáveis numa coletividade. Alguém já disse que os dentes podem ser postiços, mas a língua deve ser sempre verdadeira. E a grande vantagem de falar sempre a verdade é que a pessoa não precisa ficar preocupada em lembrar-se do que disse.

A língua mentirosa precisa adaptar novos detalhes, pois o desgaste da memória em face do seu malabarismo acaba por torná-la mais incoerente. A mentira pode ser muito bem vestida para parecer com a verdade, mas a vestimenta aparecerá sempre gasta, insiste Eleonor L. Doan.

O abc de uma língua maldita começa com as afrontas. Muitas pessoas são ultrajadas com o espeto afiado da língua. Usamos a ponta fina deste órgão para traspassar o caráter de alguém. As ofensas deixam imobilizados os mais sensíveis e envergonhadas as pessoas de bem.

O ataque da língua maldita sempre deforma. Afirmo isto como um fato: se todas as pessoas soubessem o que cada uma diz da outra, não haveria quatro amigos no mundo, considera Blaise Pascal.

Ofender as pessoas é uma das principais atividades de uma língua maligna. Há sempre um prazer mórbido em manchar a personalidade e uma volúpia em ferir o caráter. Afrontar é um prato feito para uma língua infernizada.

Os boatos também fazem parte integrante do abc da língua maldita. Toda pessoa que conta boatos sofre de uma inflamação na língua. A doença da língua solta sempre reflete um caráter maldoso, murmurador e maledicente.

Costumam dizer que onde há fumaça há fogo, mas a fumaça, em certos casos, é apenas o bafo quente de uma boca suja num inverno moral. Spurgeon dizia: Não creia em metade do que você ouve; não repita metade do que crê; quando ouvir uma notícia negativa, divida-a por dois, depois por quatro, e não diga nada a ninguém do restante dela.

A língua maldita, ainda, é especialista em calúnia. Define-se calúnia como algo que entra por um ouvido podre e sai como vômito por uma boca fétida. A calúnia é como lesma: deixa sempre o visco onde passa. O caluniador é o parente mais próximo do demônio, e o mais interessante com esta família é que, tanto os que divulgam como os que escutam se eqüivalem. A calúnia é um fogo devorador, que consome tudo em que toca, e enegrece o que não pode consumir.

Afrontas, boatos e calúnias constituem o abc da língua do mal. Sabemos perfeitamente que uma pessoa é do maligno pelo conteúdo de sua linguagem. A conversa é um dos melhores instrumentos de diagnóstico. Raça de víboras! Como podem dizer coisas boas sendo maus?

A boca fala daquilo que o coração está cheio. Mateus 12:34. Não pode ser puro o coração de alguém cuja língua não é limpa. Não é preciso uma bateria de testes, basta cinco minutos de conversa para se constatar o caráter de uma pessoa.

Conta-se que, um dia, um amigo foi procurar Sócrates, o célebre filósofo grego, desejando contar-lhe alguma coisa sobre a vida de Andréas, amigo comum. O filósofo indagou do seu interlocutor, se ele tinha submetido o assunto às três peneiras. Perplexo, o amigo quer saber quais são as três peneiras, e Sócrates especifica:

- Primeira peneira: A coisa que vais me contar é verdadeira?
- Creio que sim, pois me foi contada por alguém de confiança.

- Bem, alguém te disse. Vejamos a segunda peneira: A coisa que tu pretendes contar-me é boa?
- Não, exatamente... respondeu o amigo, hesitante.

- Isso começa a me esclarecer. Verifiquemos a terceira peneira, que é a prova final: O que tu tinhas intenção de contar-me é de utilidade tanto para mim como para nosso amigo Andréas e para ti mesmo?
- Não, não, não.

- Então, caro amigo -- disse-lhe Sócrates -- a coisa que tu pretendias contar-me não é certamente verdadeira, nem boa, nem útil. Assim sendo, não tenho intenção de conhecê-la e aconselho-te a não procurar veiculá-la.

A linguagem deve apresentar o homem. Uma língua verdadeira constitui grande patrimônio. Não podemos proclamar a mensagem do reino de Deus falando um dialeto contaminado de mentiras. O idioma do céu comunica, com o estilo da verdade, aquilo que é de fato verdadeiro. O apóstolo Paulo põe a sanidade da mente nos padrões do pensamento correto, que é o fundamento de uma linguagem sadia.

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. Filipenses 4:8.

Um pensamento correto conduz uma conversa coerente. Samuel Smiles advertiu: Tenha cuidado com os seus pensamentos ocultos, eles podem explodir em palavras a qualquer momento. O descuido com os pensamentos é tão desastroso quanto o manuseio acidental de um explosivo. Por isso cultivar a ortogenia do pensamento, ou seja: a origem correta do pensamento, é parte fundamental de uma palestra edificante.

A primeira tarefa de quem fala é cuidar dos seus pensamentos. E não vos conformeis com este século, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2. Só um entendimento corrigido pela fôrma da Palavra de Deus pode garantir uma conversação irrepreensível.

Alimente a sua mente com as verdades das Escrituras e abra a sua boca para falar a linguagem da edificação. Vocês não devem dizer palavras sujas, mas somente palavras boas para a necessária edificação das pessoas, e que levem benefícios aos que as ouvem. Efésios 4:29. (VFL - Versão de Fácil Leitura).
(Glênio Fonseca Paranaguá)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AFINAL, O QUE É GRAÇA - C.Swindoll - Vídeo Musical MILAGRE - André Valadão


“Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo” (Jo 1:17).


Com a lei mosaica vieram as exigências, as regras e os regulamentos.

Em conjunto com aquelas exigências vieram expectativas incômodas, que alimentavam o fogo dos fariseus. Ao adicionar às leis, os fariseus não apenas aumentaram a lista, mas intensificaram a culpa e a vergonha de qualquer pessoa. Obcecados por obrigações, conduta externa e um constante foco apenas sobre o certo e o errado (especialmente na vida dos outros), eles promoveram um sistema por demais exigente, a ponto de não deixar espaço para a alegria.

Isso levou a pronunciamentos duros, de julgamento e até mesmo prejudiciais conforme o sistema religioso que eles promoviam degenerava em simples desempenho exterior em vez de se inclinar na direção da autenticidade interior. A obediência tornou-se uma questão de compulsão amarga, em vez de um alegre transbordar promovido pelo amor.

Mas, quando “a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo”, uma revolução do coração, há muito esperada, começou a libertar os cativos religiosos. O fardo do medo motivado pela culpa foi substituído por nova motivação de seguir a Jesus em verdade, surgida simplesmente por profunda devoção e prazer. Em vez de concentrar-se nas obras da carne, Jesus falou do coração.

Em vez de exigir que o pecador cumprisse uma longa lista de exigências, ele enfatizou a fé, que precisava ser apenas do tamanho de um grão de mostarda.

A mudança significava liberdade, como o próprio Senhor ensinou: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (Jo 8:32). A religião rígida e estéril seria finalmente substituída por um relacionamento orientado pela graça — a graça libertadora. Seus seguidores adoraram isso.

Os inimigos odiaram... e odiaram quem propôs a idéia. Sem dúvida, os primeiros assassinos da graça foram os fariseus.

Entender o que significa graça exige que voltemos a um velho termo hebraico que significava “curvar, dobrar-se”. Com o tempo, passou a incorporar a idéia de “favor condescendente”.

O falecido pastor e estudioso da Bíblia Donald Barnhouse talvez tenha expressado melhor a idéia: “O amor que vai para cima é adoração; o amor que vai para fora é afeição; o amor que se curva é graça”.

Mostrar graça é estender favor ou bondade a alguém que não a merece e que nunca poderá fazer nada para ganhá-la. Receber a aceitação de Deus pela graça sempre se coloca em fortíssimo contraste com a tentativa de obtê-la com base nas obras. Todas as vezes que surge o pensamento sobre a graça existe a idéia de ela ser imerecida.

De modo algum o recipiente está recebendo aquilo que merece. O favor é estendido simplesmente em razão da bondade presente no coração do doador.

Há outra coisa que deve ser enfatizada em relação à graça: ela é absoluta e totalmente gratuita. Nunca será exigido que você pague por ela. Você nem mesmo poderia fazê-lo se tentasse. A maioria de nós tem problemas com essa idéia, porque trabalhamos por tudo aquilo que conseguimos. Como diz o velho ditado: “não existe almoço grátis”.

Mas, nesse caso, a graça vem até nós livre e desimpedida, sem qualquer precondição. Não deveríamos sequer tentar pagar algo por ela; fazer isso é um insulto.

Não seria esquisito, porém, perceber como este mundo está cheio de pessoas que acham que precisam fazer alguma coisa como pagamento para Deus? De alguma maneira, elas estão esperando que Deus lhes dê um sorriso se elas realmente trabalharem com esforço e conquistarem a aceitação divina, mas essa é uma aceitação com base nas obras. Não é assim que funciona com a graça.

Agora que Cristo veio e morreu e, por meio disso, satisfez as exigências do Pai em relação ao pecado, tudo o que precisamos fazer é clamar por sua graça, aceitando o dom gratuito da vida eterna. Ponto final. Deus sorri para nós por causa da morte e da ressurreição de seu Filho. Isso é graça, meu amigo, graça maravilhosa. Isso é suficiente para dar a qualquer pessoa uma face “sim”!

Pense em vários exemplos comigo. Ele se colocou junto de uma mulher pega em adultério. A lei dizia claramente: “Apedrejar tais mulheres”. Os assassinos da graça que prepararam a emboscada para pegá-la exigiam o mesmo. Contudo, Cristo disse àqueles fariseus cheios de justiça própria: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” (Jo 8:7).

Quanta graça! Debaixo da lei, eles tinham todo o direito legal de sepultá-la debaixo das pedras que tinham nas mãos... e estavam prontos para fazê-lo. Lá estavam eles, com o fogo da justiça própria em seus olhos, mas Jesus interveio com graça.

Meu apelo é que não a limitemos a Jesus. Nós também podemos aprender a ser tão graciosos quanto ele. Uma vez que podemos, devemos sê-lo... não apenas com nossas palavras e em grandes atos de compaixão e compreensão, mas também nas pequenas coisas.

Assim acontece com nosso Senhor. Quando fazemos coisas que não deveríamos, ele pode administrar disciplina, às vezes de maneira bastante severa, mas nunca vira suas costas, ele não manda seus filhos para o inferno! Também não caímos da graça nem somos trancafiados atrás das grades da lei. Ele lida com seus filhos com graça — um favor belo, encantador, imerecido. É realmente maravilhoso!

Sempre haverá alguém — como aqueles que estavam encarando a mulher pega em adultério — que nos pedirá para sermos austeros, rígidos e cruéis. Sim, sempre há uns poucos que preferem apedrejar a perdoar, que votarão a favor do julgamento em vez de pela tolerância.

Mas minha esperança é a de que possamos nos unir ao crescente número daqueles que decidem que a graça como a de Cristo (com todos os seus riscos) é muito mais eficaz, contanto que optemos por ela em todas as situações. Deus honra tal atitude.

(Extratos do livro Despertar da Graça – Charles Swindoll – Ed Mundo Cristão)